*Atualização dia 17/03/2022: James Macleod não virá mais ao Brasil. Lenny Abbey, líder de engajamento junto aos Comitês Olímpicos Nacionais do Comitê Olímpico Internacional (COI), será o representando do COI no II Congresso Olímpico Brasileiro.
Em março de 2021, o Comitê Olímpico Internacional (COI) apresentou a Agenda 2020+5, com uma lista de 15 novas recomendações para a evolução sustentável do Movimento Olímpico nos próximos cinco anos. As propostas contidas neste documento serão o tema central da palestra do britânico James Macleod, diretor de Relações com os Comitês Olímpico Nacionais e da Solidariedade Olímpica do COI, no II Congresso Olímpico Brasileiro. O evento organizado pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) acontecerá nos dias 19 e 20 de março, no Centro de Convenções Salvador, na Bahia, e terá uma programação com mais de 30 palestrantes internacionais e nacionais, além de vivências, exposições e discussões sobre o futuro do esporte. Os ingressos são limitados e estão disponíveis em https://congresso.cob.org.br/inscricao.
“Será uma grande honra para o COB receber o James Macleod no II Congresso Olímpico Brasileiro. Acredito que sua apresentação sobre a Agenda 2020+5 será muito importante para nos conectarmos ainda mais com a visão do Comitê Olímpico Internacional sobre o futuro do Movimento Olímpico. Através de seu presidente Thomas Bach, o COI vem demonstrando atenção com diversas questões que regem o mundo atual e disposição para discutir de que forma os Jogos Olímpicos devem se adaptar e manter o seu protagonismo. O COB está completamente alinhado a esta visão e apoiará o COI em todas as ações para modernizar o Movimento Olímpico”, afirmou o Paulo Wanderley, presidente do COB.
A Agenda 2020+5 (acesse o documento) é um documento de recomendações aprovado pelo Comitê Executivo do COI para nortear o esporte olímpico até 2025 e manter o Movimento Olímpico atualizado com as tendências do mundo atual. Dentre os 15 itens que compõem a lista, alguns pilares da Agenda 2020, lançada originalmente pelo presidente do COI, Thomas Bach, no final de 2014, como promover Jogos Olímpicos sustentáveis e proteger atletas limpos, seguem como prioridades.
Entre as principais discussões do documento estão a viabilidade financeira dos Jogos Olímpicos e o interesse dos jovens pelo evento. Neste sentido, um dos pontos destaca o incentivo à prática de esportes eletrônicos (eSports). O COI pretende aproveitar a popularidade deste mercado para promover os Valores Olímpicos, apoiando as Federações Internacionais a criarem formas virtuais e simuladas de seus respectivos esportes. Este movimento é mais uma ação do COI no intuito de atrair um público jovem, algo que foi feito nos últimos anos através da iinclusão de esportes como surfe, skate e escalada ao programa olímpico a partir de Tóquio 2020. Em Paris 2024 haverá ainda o breaking.
James Macleod tem mais de 20 anos de experiência em gestão trabalhando em grandes eventos multiesportivos e em organizações internacionais. Em 2019, assumiu o cargo de diretor de Relações com os Comitês Olímpico Nacionais e da Solidariedade Olímpica do COI. Antes, James liderou a área de Serviços e Operações para Atletas na primeira edição dos Jogos Europeus Baku 2015 e a de Serviços e Relações com os Comitês Olímpicos Nacionais nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Londres 2012. Sua carreira no COI começou em 1996, onde foi responsável pelos programas da Solidariedade Olímpica por dez anos.
Nascido em Nairobi, Quênia, em 1974, James é cidadão britânico. Foi educado na Universidade de Edimburgo, graduando-se como Bacharel em Direito, e completou sua educação secundária na Escola Internacional de Genebra.
Além de Macleod, uma seleção de craques em suas áreas de atuação já foi anunciada na programação do Congresso como o treinador tricampeão olímpico José Roberto Guimarães; o gerente de Pesquisa e Inovação de Desempenho do Comitê Olímpico Holandês, Kamiel Maase; o treinador alemão Günter Lange, responsável por ouro inédito de Uganda em Tóquio; o autor de best sellers internacionais e Ph.D em marketing, Jonah Berger, o secretário-geral da Federação Espanhola de Futebol, Andreu Campes, e o futurista e humanista alemão Gerd Leonhard.
Haverá ainda uma mesa-redonda para debater o papel da mulher no esporte, com a mediação da medalhista olímpica de vela Isabel Swan, e a participação da também medalhista olímpica e atual CEO da Confederação Brasileira de Vôlei, Adriana Behar, da ginecologista esportiva Tathiana Parmigiano, da psicóloga Adriana Lacerda, além de José Roberto Guimarães, que falará sobre a perspectiva do treinamento esportivo para mulheres.
A experiência começará logo na entrada do evento na área de vivências e exposições. Haverá a possibilidade do participante experimentar esportes como o breaking e o skate. O Laboratório Olímpico do COB terá uma área exclusiva onde apresentará as principais inovações nas ciências do esporte.
Outra novidade da segunda edição será o Prêmio Esporte Inovação, que vai escolher os melhores projetos em gestão e inovação que apresentarem soluções concretas para os desafios enfrentados no esporte nacional. A votação e o anúncio dos ganhadores serão realizados durante o segundo dia do Congresso.
Confira abaixo as 15 recomendações da Agenda 2020+5:
1)Fortalecer a singularidade e universalidade dos Jogos Olímpicos
2)Fomentar Jogos Olímpicos Sustentáveis
3)Reforçar direitos e responsabilidades dos atletas
4)Continuar a atrair os melhores atletas
5)Fortalecer ainda mais o esporte seguro e a proteção de atletas limpos
6)Melhorar e promover o caminho até os Jogos Olímpicos
7)Coordenar a harmonização do calendário esportivo
8)Aumentar o engajamento digital com as pessoas
9)Encorajar o desenvolvimento de esportes virtuais e o engajamento com comunidades de gamers
10)Fortalecer o papel do esporte como um importante facilitador para as metas de desenvolvimento sustentável da ONU
11)Fortalecer o apoio a refugiados e populações afetadas por deslocamentos
12)Alcançar além da comunidade olímpica
13)Continuar a liderar pelo exemplo na cidadania corporativa
14)Fortalecer o movimento olímpico através da boa governança
15)Inovar os modelos de geração de receitas